70% das empresas devem manter ou ampliar trabalho remoto esse ano

Trabalho híbrido é o favorito. A pesquisa também aponta para cultura organizacional como o ponto de maior atenção para as companhias no ano.

Um estudo realizado pela consultoria Think Work Lab em parceria com a HR Tech global Atlas aponta uma tendência de 70% das empresas de manterem ou ampliarem o trabalho em modalidade remota em 2023.

A pesquisa, denominada Desafios do RH em 2023, ouviu 69 empresas de diferentes portes e serviços a respeito dos desafios que os profissionais de RH terão de enfrentar esse ano, além de sondar quais as tendências que o setor deve manter para o período.

Para quem deseja trabalhar – ou já trabalha – remotamente, os resultados são animadores.

Do total de empresas analisadas, 57% têm a intenção de manter profissionais trabalhando em modalidade híbrida ou totalmente remota, sendo que 14% delas declararam que pretendem ainda aumentar o serviço.

Cultura organizacional é o maior desafio para o home office

mulher trabalhando em home office com um cachorrinho no colo

No cenário onde o trabalho remoto é um processo já consolidado em grande parte das empresas, o maior desafio definido pelos profissionais de RH em relação à modalidade é a cultura organizacional.

A gestão de equipes vem logo em seguida, juntamente com gestão de conhecimento.

Embora um quarto dos participantes do estudo ainda adote prioritariamente o regime presencial, a ampla maioria dos entrevistados (95%) tem preferência pelo trabalho remoto, sendo o modelo híbrido aquele que mais agrada.

Na visão das empresas, a grande vantagem de adotar uma política de trabalho à distância é a possibilidade de captar talentos espalhados pelo mundo todo, o que gera benefícios tanto para essas empresas como para os governos e economias locais.

Profissionais de tecnologia são motivo de preocupação

O estudo feito pela Think Work Lab também revelou um dado preocupante.

Segundo 59% dos entrevistados, existe certa incerteza com a mão-de-obra em tecnologia para 2023, que se deve a dois fatores principais: déficit de profissionais disponíveis em relação à demanda das empresas e a baixa qualificação dos já existentes.

Nesse cenário se torna ainda mais relevante a possibilidade de contratar talentos de diferentes mercados e, assim, aumentar a qualificação da mão-de-obra com o trabalho à distância. 

Isso permite a ampliação das equipes de trabalho e gera mais oportunidades, conforme explica Adriano Araújo, Gerente Geral da Atlas para a América Latina.

“Com o crescimento da tendência do anywhere office, que abre a possibilidade de acionar talentos em qualquer parte do mundo, as empresas brasileiras podem olhar para um cenário mais amplo de oportunidades. Empresas com equipes internacionais tendem a ser mais diversas e, consequentemente, desenvolver produtos e soluções mais inovadores”, pontua Adriano.

Créditos das imagens: Freepik.

Formado em Administração de Empresas, o hobby pela leitura e escrita naturalmente me levaram para o caminho de trabalhar como Redator. Trabalhando há dois anos nas horas vagas. E nas ocupadas também.
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