Empregos estão ameaçados pelo ChatGPT, diz pesquisa

Estudo realizado pela OpenAI, empresa que desenvolveu a Inteligência Artificial ChatGPT, aponta que 80% das ocupações podem ser afetadas.

O ChatGPT é uma das ferramentas que mais vem ganhando destaque e atenção nos últimos meses.

Ainda mais depois do anúncio de sua nova atualização, GTP-4, que promete ser ainda mais poderosa e complexa que sua versão anterior.

O que é ChatGPT?

ilustração de inteligência artificial em um computador

Para os que ainda não estão familiarizados, o ChatGPT é uma Inteligência Artificial que permite estabelecer uma conversa com o usuário, criada com o intuito de aprimorar a experiência e os recursos oferecidos por assistentes virtuais. 

Embora o chatbot ainda possua algumas limitações, a constante e exponencial evolução da ferramenta tem deixado muitos de cabelo em pé.

Afinal, a Inteligência é mesmo uma ameaça para os profissionais? Chegamos na Era onde as máquinas substituirão os humanos?

A OpenAI, desenvolvedora da ferramenta, em parceria com a OpenResearch e Universidade da Pensilvânia, publicou um estudo com as respostas para essas perguntas, e o cenário não é nada animador. 

Quais os possíveis impactos do ChatGPT no empregos? 

A popularidade do ChatGPT não é à toa. Além de atrair inúmeros curiosos, a ferramenta também chamou a atenção de criadores de conteúdo por conta de sua capacidade de oferecer respostas sobre os mais variados assuntos.

Essa capacidade coloca a Inteligência Artificial (IA) como potencial ameaça para diversos empregos, segundo o estudo da OpenAI. 

O estudo, que consistiu em analisar de maneira criteriosa quais seriam as profissões “expostas” à ferramenta, apresentou resultados considerados chocantes. 

De acordo com a empresa, existe uma expectativa de que 80% da força de trabalho dos Estados Unidos tenha ao menos 10% de suas tarefas impactadas pelos GPTs. Pior, 19% dos trabalhadores podem sentir um impacto de até 50% das suas tarefas.

Quais profissões correm risco de serem mais afetadas?

Vale ressaltar que o estudo teve o intuito somente de analisar a “exposição” das tarefas à IA, ou seja, o impacto dos GTPs na redução do tempo de realização dessas tarefas.

No entanto, a pesquisa não definiu se os efeitos disso seriam o aumento ou a substituição do trabalho.

Mas quais profissões sofreriam mais impacto?

Aqui entra um detalhe curioso a respeito do estudo. A análise das profissões impactadas foi feita tanto pelos pesquisadores quanto pela Inteligência Artificial, com resultados substancialmente diferentes.

Segundo a análise humana, 15 ocupações podem ser definidas como “totalmente expostas”, sendo o maior risco de exposição em 84,4%.

  • Pesquisadores (84,4%)
  • Escritores e Autores (82,5%)
  • Intérpretes e Tradutores (82,4%)
  • Especialistas em Relações Públicas (80,6%)
  • Cientistas Animais (77,8%)

Já a avaliação do ChatGPT colocou nada menos que 86 ocupações na berlinda, sendo algumas delas com exposição acima de 90%. São elas:

  • Escriturários de Correspondência
  • Engenheiros Blockchain
  • Repórteres de Tribunal e Legendadores Simultâneos
  • Revisores e Marcadores de Cópia

Outra profissões apontadas pela IA como bastante sujeitas a sofrer impactos são:

  • Matemáticos
  • Contadores e Auditores
  • Analistas de Notícias, Repórteres e Jornalistas
  • Secretárias Jurídicas e Assistentes Administrativas
  • Gerentes de Dados Clínicos
  • Analistas de Políticas de Mudanças Climáticas

As limitações do estudo

Aqui cabe a ressalva de que o estudo apresentado pela OpenAI possui limitações nos resultados, segundo afirmam os próprios pesquisadores.

Os principais obstáculos apontados na pesquisa seriam:

  • Subjetividade da rotulagem; 
  • Sensibilidade às mudanças na redação da rubrica e na ordem e composição do prompt;
  • Dificuldade para dividir as profissões em tarefas específicas.

Esses fatores fazem os GPTs serem menos confiáveis e eficazes, especialmente quando se tratam de ocupações menos conhecidas.

Créditos das imagens: Freepik.

Formado em Administração de Empresas, o hobby pela leitura e escrita naturalmente me levaram para o caminho de trabalhar como Redator. Trabalhando há dois anos nas horas vagas. E nas ocupadas também.
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