Brasileiro trabalha muito, mas salário não paga nem tratamento de saúde mental

É o que diz o estudo realizado pelo portal Empregos.com.br em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). Confira mais detalhes!

Brasileiros trabalham muito e podemos provar, afinal, a equação que combina salário, horas de trabalho e modelo de trabalho é complexa e resulta em muitos profissionais insatisfeitos, como indica uma pesquisa recente. 

De acordo com o estudo realizado pelo portal Empregos.com.br em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), que entrevistou 257 profissionais em todo o país, 43% das pessoas trabalham mais horas do que o estipulado em seus contratos. 

Para tentar aliviar o peso da rotina extenuante, muitos buscam atividades que ajudam a promover a saúde física e mental

No entanto, um obstáculo para isso é que 70% afirmam não ter condições financeiras para arcar com as despesas dessas atividades. 

Além disso, metade dos entrevistados considera que sua remuneração está abaixo do mínimo adequado.

Salários não são considerados suficientes

homem dormindo em sua mesa de trabalho

De acordo com uma pesquisa recente, 42,1% das pessoas discordam que seu salário seja suficiente para suprir as necessidades básicas alimentares da família, enquanto 60,7% discordam que conseguem pagar por atividades culturais. 

Esse cenário é agravado pelo fato de que 49,4% afirmam trabalhar além do horário comercial para concluir suas tarefas, ultrapassando as 44 horas semanais.

Além disso, 47,5% afirmam que chefes ou colegas entram em contato fora do expediente e 45,1% afirmam trabalhar mais em casa do que no ambiente de trabalho.

Tábata Silva, gerente do Empregos.com.br, ressalta que os resultados da pesquisa revelam novos e antigos desafios nas relações de trabalho que precisam ser abordados. 

Muitas empresas ainda sobrecarregam seus funcionários com uma grande quantidade de atividades, o que pode afetar negativamente o relacionamento entre empregadores e funcionários. 

Por outro lado, em um contexto de recuperação econômica, muitos profissionais permanecem em empresas que não oferecem planos de progressão e revisão salarial.

Cenário pós pandemia

De acordo com especialistas, a pandemia causou uma grande redução nas oportunidades de trabalho disponíveis, mas os brasileiros trabalham muito. 

Em resposta, muitos trabalhadores optam por manter a estabilidade financeira em seus empregos atuais em vez de buscar novos desafios em um período de incertezas. 

Além disso, a pesquisa também revelou que apenas 36,7% dos entrevistados sentem que têm autonomia sobre suas horas de trabalho, reflexo da falta de preparo das empresas e lideranças para a gestão remota. 

Isso gera desconfiança sobre como os funcionários estão dividindo suas tarefas.

Outro ponto preocupante é que apenas 29% dos entrevistados contam com plano de saúde, enquanto 57% não recebem o benefício. 

Para resolver esses problemas, é necessário que os empregadores monitorem o clima organizacional, identifiquem os principais pontos de insatisfação e desenvolvam um plano de ação. 

Além disso, é crucial haver um canal de comunicação para que as empresas saibam quais são as questões importantes e possam promover um equilíbrio entre qualidade de vida, desenvolvimento profissional e relações saudáveis entre chefes e empregados.

Créditos das imagens: Freepik.

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